data-filename="retriever" style="width: 100%;">No último domingo, 8 de agosto, comemorou-se o Dia dos Pais. A ideia de celebrar esta data surgiu há mais de 4 mil anos, na Babilônia, quando o filho de Nabucodonosor esculpiu um cartão desejando ao pai sorte, saúde e vida longa. A partir daí, a data se tornou uma festa nacional. No ocidente, ganhou força em 1909, nos Estados Unidos, quando Sonora Dood, filha de um combatente da Guerra Civil Americana, resolveu homenagear o pai no dia de seu aniversário.
No Brasil, a comemoração iniciou na década de 1950, a partir de um concurso que o publicitário Sylvio Bherinh preparou para destacar: o pai com mais filhos, o mais jovem, e o mais velho. Assim, a festa se consolidou e, como o Dia das Mães, veio para fortalecer os laços familiares.
A paternidade, como os demais papeis familiares, não tem bula, manual de instruções, guia ou receita. O homem aprende a ser pai por ensaio e erro, fazendo [ou não] o que viveu com seu pai. Ser pai é um desafio, pois a paternidade é uma maneira de se descobrir, de se ressignificar, de se doar, de amar e exercitar a fraternidade.
Atualmente, existem muitos tipos de paternidade. Focarei na natural e na social. A natural é aquela em que o homem é pai porque gerou o filho. Na social, o homem é pai sem ter filho biológico. A paternidade está na maneira de cuidar, criar, desempenhar-se, desde o rigor da justiça até o gesto de carinho e ternura.
Em qualquer tipo de paternidade, o homem vai sendo pai no agir, e a masculinidade vai se expressando na forma de pensar, de sentir, e de fazer.
Quase todos os homens podem gerar filhos, mas que poucos têm condição de construir, assumir e vivenciar a paternidade. E se realmente amamos os filhos, compete, também, aos pais ajudar nisso. Aos homens que estão aprendendo a ser pais, cabe certo consenso, para passarem da visão biológica para a dimensão social da paternidade, a que dá aos homens-pais a vontade política, que na ótica grega é a de governo da casa.
Na casa, é onde a família vive, convive, decide, cuida, protege e ama, com autoridade sem autoritarismo. A vontade política se concretiza no pai, quando a coerência e a competência são para todos. E, no exercício dessas atividades, continua a vivenciar sua cidadania estimulando no filho responsabilidade, fraternidade, amor, caridade, generosidade e trabalho por um mundo melhor.
Não afirmamos que as coisas vão mal por culpa dos homens que não assumem a paternidade, mas dizemos que o filho terá mais qualidade se tiver um pai que o assuma e oriente, numa relação de amor, confiança, partilha e reciprocidade, na qual um aprende a ser pai e outro a ser filho.
Que São José, modelo e patrono dos pais, e São Ricardo, padroeiro dos pais de família, protejam e intercedam pelos pais, por nossas famílias e filhos.